.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

30/04/2012

trapézio



 heidi taillefer


noite-escuro

doze badaladas abrem o silêncio

 

noite-silêncio

a voz do meu pai sussurra na ausência

 

noite-dor

a metamorfose rasga a pele

 

noite-doce

a criança ressurge no homem adormecido

 

noite-esperança

a fantasia respira outra vez

 

noite-real

a manhã saqueia as estrelas

 

dia-luz

a normalidade veste-se de sombra

 

anormal

 

não sei

sei

 

notícia de última hora:

o desemprego aprendeu a cair




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