será que ainda sou eu? ou será
que se me aplica o paradoxo do navio de teseu? acho que já nada resta do que me
trouxe a este pôr-do-sol. não tenho a mesma forma. nem os mesmos sonhos. as
mãos fizeram-se em letras e os pensamentos romperam-se pela inutilidade – estou
amarrado num corpo que se metamorfoseou para chegar a adulto – estou agora numa
espécie de estágio de crisálida. estou parado. enrolado na vida a tentar
compreender o meu insofrimento à incerteza - in paradoxo de teseu