sentei-me a ouvir o mar num bocado de terra virgem de crueldade. não que fosse um dia. onde os meus ouvidos fossem capazes de dar grandes ouvidos ao silêncio que o mar docemente soletra com o movimento das marés – nunca percebi este vai e vem da água. nunca sei o que vem para ficar. nunca sei o que a água traz ou o que vem buscar. sei apenas que este movimento é igual ao que sinto com as ideias. estas. também vêm e vão. umas vezes frias. outras a ferver. algumas carregam lágrimas. outras esperança. outras ainda conseguem trazer palavras inchadas por se saberem adoptadas – mas o que é do mar sempre será reclamado pelo mar. fico sempre sem saber o que fica para o amanhã – no dia seguinte. quando já não há marés a baloiçar no meu olhar. tenho um punhado de ideias idiotas – da última vez que a água me tocou nos pés. deixou-me ficar uma medusa venenosa – eram palavras que não entendia e nos seus tentáculos uma estrela apagada – tinha caído do céu numa noite de luar – cravado no seu coração. o eixo imaginário que segura a terra a uma rotação que não regula coisa nenhuma – pobre estrela – deitei-me. deixei a maré subir. cobriu-me de palavras. quase todas loucas. algumas ainda não foram inventadas – só eu as compreendo – como eu quero que tu me compreendas.
.................................................................................não tirem o vento às gaivotas
07/09/2010
algumas ainda não foram inventadas
sentei-me a ouvir o mar num bocado de terra virgem de crueldade. não que fosse um dia. onde os meus ouvidos fossem capazes de dar grandes ouvidos ao silêncio que o mar docemente soletra com o movimento das marés – nunca percebi este vai e vem da água. nunca sei o que vem para ficar. nunca sei o que a água traz ou o que vem buscar. sei apenas que este movimento é igual ao que sinto com as ideias. estas. também vêm e vão. umas vezes frias. outras a ferver. algumas carregam lágrimas. outras esperança. outras ainda conseguem trazer palavras inchadas por se saberem adoptadas – mas o que é do mar sempre será reclamado pelo mar. fico sempre sem saber o que fica para o amanhã – no dia seguinte. quando já não há marés a baloiçar no meu olhar. tenho um punhado de ideias idiotas – da última vez que a água me tocou nos pés. deixou-me ficar uma medusa venenosa – eram palavras que não entendia e nos seus tentáculos uma estrela apagada – tinha caído do céu numa noite de luar – cravado no seu coração. o eixo imaginário que segura a terra a uma rotação que não regula coisa nenhuma – pobre estrela – deitei-me. deixei a maré subir. cobriu-me de palavras. quase todas loucas. algumas ainda não foram inventadas – só eu as compreendo – como eu quero que tu me compreendas.
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