olivier de sagazan
que raio de sábado. se pudesse construir de novo o corpo - faz favor. é para mudar o óleo e as velas. a
frio já não pega bem - ó amigo. já agora lave por dentro e por fora.
principalmente por dentro. está um esterco - visto um jeans claros. camisa
preta. desabotoada. a ver-se o coração e lá ia eu para mais uma jornada.
limpinho de tudo - que raio de sábado. os olhos amarrotados de escuro procuram
a palavra salvação - vai com deus meu filho. eu te abençoo - a salvação está na
ponta de uma flecha. a cortar o tempo. enquanto diz: goodbye my friend. my love
- e a pintura gasta. metalizada. a reluzir ao luar e o cano de escape a fumegar
amor num areal onde as ondas morrem com saudade – já não há beijos sôfregos a
prometer felicidade eterna - morre sábado. atira-te do meu penhasco. tenho
tantos. todos altos. escolhe um e salta. voa como voam as gaivotas – livres
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