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“ Aqueles que, de uma maneira ou de outra conheceram a morte demasiado de perto e lhe escaparam tem em si a sua própria Eurídice; sabem que à neles qualquer coisa que se recorda demasiado bem da morte e que é melhor não olhar de frente. É que, como uma toca, como um quarto de cortinas cerradas, como a solidão, a morte é, simultaneamente, horrível e tentadora. Achamos que poderíamos sentir-nos bem nela. Bastaria deixarmo-nos arrastar para chegarmos a essa hibernação interior. Eurídice é tão sedutora que temos tendência a esquecermo-nos do motivo por que é preciso resistir-lhe.”
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amélie nothomb - metafísica dos tubos
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