foto - sampaio rego
parabéns meu amor – e ás
doze badaladas entramos no teu dia de taça na mão – primeiro foi o silêncio.
depois estendemos os olhos um ao outro. e por fim. tocamo-nos num beijo branco
– ali ficamos num abraço que não queríamos terminar – estávamos felizes. por
instantes o que sobrava do mundo deixou de existir – e o abraço cada vez mais
apertado – erguemos as taças e aceitamos o destino com um sorriso que também é
paz – eu disse que te amava e tu disseste-me que me amavas ainda mais e
juras-te eternidade ao nosso amor prometendo continuar a enlaçar as mãos até
que deus nos queira sorrir – e ali ficamos num silêncio coberto de lágrimas que
não nos magoou por ser só nosso – há tanto de nós que não pode ser partilhado –
és tão bonita meu deus. e eu sem saber onde deitar o teu corpo nestes braços
cada vez mais entrevados – perdoa-me meu
amor por tudo em que falhei – eu deveria saber escrever muitas mais palavras.
mas não sei – não sei tanta coisa – mas sei que te amo até ao infinito dos meus
dias
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