.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

25/06/2019

epístola de um não crente - I







peter rubens 





deus:
hoje. voltei a entrar em tua casa e lembrei-me da parábola do filho perdido – empurrei a porta e caminhei. benzi-me. ajoelhei e falei-te como se nunca te tivesse abandonado – mas a verdade é que não estavas lá para me ouvir. não me vieste receber de braços abertos e não mandaste matar um cordeiro para fazer um banquete porque este teu filho estava morto e reviveu. andava perdido e foi encontrado*– a tua casa estava cheia de silêncio e os teus santos. sisudos. não tiraram os olhos do céu – era como se nada vivo existisse entre o teu altar e a porta que deixa entrar gente magoada – percebi então que não pequei contra o céu – não se pode pecar contra o que não existe – levantei-me. passei por s. judas tadeu e meti na caixa das esmolas um papelinho com um recado para ti: estou em minha casa


Lucas 15:11-32 - A parábola do filho pródigo





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