no meu
aniversário os meus filhos ofereceram-me um livro da olga tokarczuk. prémio
nobel da literatura 2018 – alguma coisa vai mal no reino nobel para quem
escreve. estou nas primeiras cento e vinte páginas do livro “conduz o
teu arado sobre os ossos dos mortos” e não consigo perceber como é que o nosso antónio
lobo antunes ainda não mereceu essa distinção – não digo que a senhora não
escreve bem. outra coisa não seria de esperar de alguém que foi agraciada
com o prémio literário de maior prestígio do mundo. mas para quem recebe
esta distinção fica-se à espera de muito mais – não posso negar que a trama
narrativa teve um começo auspicioso e que me levará. com toda a certeza.
até à última página – não quero ser injusto. não sei nada desta senhora
e mais nenhuma linha lhe segui. mas meu deus. o nosso antónio não
se limita a escrever bem. o nosso antónio cria. permite-nos tirar
mundos de dentro dos seus livros: tal como o mágico tira coelhos da cartola –
o nosso antónio em cem páginas já me tinha arrepiado outras tantas vezes com descrições
[denotativas ou conotativas]. metáforas. humor.
personagens. sei lá. o antónio é muito mais do que um escritor.
é um mestre. um génio. e destes espera-se tudo. mesmo tudo
– nos livros do sr. antónio. como gosta de ser tratado. cada
leitor cria e traz para dentro de si um livro que guarda para sempre – este
livro da olga é apenas um livro e nada mais – nasceu e morrerá no dia em que o fechar
e como não sou crítico
literário. não me senti confortável com o meu posicionamento negativo em
relação à escolha de olga tokarczuk para nobel da literatura. e fui á
procura de quem corroborasse a minha opinião – não precisei de procurar muito:
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