.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

18/05/2020

olga tokarczuk











no meu aniversário os meus filhos ofereceram-me um livro da olga tokarczuk. prémio nobel da literatura 2018 – alguma coisa vai mal no reino nobel para quem escreve. estou nas primeiras cento e vinte páginas do livro “conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos” e não consigo perceber como é que o nosso antónio lobo antunes ainda não mereceu essa distinção – não digo que a senhora não escreve bem. outra coisa não seria de esperar de alguém que foi agraciada com o prémio literário de maior prestígio do mundo. mas para quem recebe esta distinção fica-se à espera de muito mais – não posso negar que a trama narrativa teve um começo auspicioso e que me levará. com toda a certeza. até à última página – não quero ser injusto. não sei nada desta senhora e mais nenhuma linha lhe segui. mas meu deus. o nosso antónio não se limita a escrever bem. o nosso antónio cria. permite-nos tirar mundos de dentro dos seus livros:  tal como o mágico tira coelhos da cartola – o nosso antónio em cem páginas já me tinha arrepiado outras tantas vezes com descrições [denotativas ou conotativas]. metáforas. humor. personagens. sei lá. o antónio é muito mais do que um escritor. é um mestre. um génio. e destes espera-se tudo. mesmo tudo – nos livros do sr. antónio. como gosta de ser tratado. cada leitor cria e traz para dentro de si um livro que guarda para sempre – este livro da olga é apenas um livro e nada mais – nasceu e morrerá no dia em que o fechar


e como não sou crítico literário. não me senti confortável com o meu posicionamento negativo em relação à escolha de olga tokarczuk para nobel da literatura. e fui á procura de quem corroborasse a minha opinião – não precisei de procurar muito:






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