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parei banhado pelas memórias
todos temos um dia que pararmas queria tanto acabar de pé
nesta imagem reflectida sou dor
almas sedentas gritam fome
e na labuta das rudes enxadas
nasce pão de mãos escarpadas
com gritos de raiva me faço subir
contra a corrente sofro a sorrirnas costas do rio molices levava
bravura das almas atadas ao mar
subo e desço em sonhos perdidos
e na crença milagrosa de stª joana
lembro a fé das margens em festa
e no levantar destas minhas mãos
deixarei este meu ser mergulhar
nesta água que me viu nascer
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