.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

16/11/2016

moliceiro






imagem google






parei banhado pelas memórias
todos temos um dia que parar
mas queria tanto acabar de pé
nesta imagem reflectida sou dor



ouço vozes da lida jornaleira
almas sedentas gritam fome
e na labuta das rudes enxadas
nasce pão de mãos escarpadas



com gritos de raiva me faço subir
contra a corrente sofro a sorrir
nas costas do rio molices levava
bravura das almas atadas ao mar



hoje. apagado do tempo presente
subo e desço em sonhos perdidos
e na crença milagrosa de stª joana
lembro a fé das margens em festa



agora. aguardo a bravura do tempo
e no levantar destas minhas mãos
deixarei este meu ser mergulhar
nesta água que me viu nascer





 

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