tela - fernando botero
mãos malditas com loucos desejos
não me fustigueis com o vosso olharque. em horas despidas e de sonhos cruéis
sois monstros multiplicados por mil.
silêncios parados de encontro ao nada.
em cada dedo mora uma esperança.
em cada linha cavada uma sina apocalíptica.dormem ruas ladeadas de luzes insólitas.
calçadas de sonhos perdidos e idiotas
onde o peregrino teima em andar
sonhos que escutam desespero em mudez.
escutam? sim.... o ruído de letras a nascer.onde percorrem braços inertes de sofrimento.
partilham um coração que bate poesia
desaguam dor em dedos revoltosos
queria ter algibeiras que fossem prisões
deixar-vos agoniar com a falta do olhar. pois sois mágoa parada num trilho de escrita
onde morrem as mãos vazias de saber
deste inferno diz-me a voz da rua que dorme
em
miradouro onde a beleza é o precipício; se olhares.... se sentires…. se escutares….
talvez um dia…. quem sabe hoje até…
descobrirás. que se morre de ambição.
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