hoje matei a esperança. mas ela já conhece a morte.
tantas vezes morreu que já nem estranha – esta esperança acaba sempre por me
desiludir. diz que tem uma hora que não é de todos. um caminho reservado para
os que sabem acreditar – arrependi-me. ressuscitei-a de novo – já se habituou. sorri
para mim. fingindo que acredita na minha farsa – um dia. encontrarei um caminho
que não seja um labirinto. onde os passos sejam leves. e as pernas possam
correr sem medo. talvez até tire os sapatos e deixe os pés sentirem o calor da
terra – prometo. prometo. prometo. que ainda nesta vida. e não noutra que um
dia encontrarei. caminharei de corpo e mente abertos a todos os lugares do
mundo – e quando eu for pó saberás: no teu pescoço. terás apenas os meus braços
– para um abraço que nem a morte levará
.................................................................................não tirem o vento às gaivotas
04/08/2010
futuro
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