.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

05/07/2010

matem-no por favor







deixo-vos aqui um punhal

trago-vos o corpo mais tarde

já o matei muitas vezes

mas ele teima em respirar

 

para que não haja engano

o poema estará sem olhos

nos ouvidos dois círios

na boca. apenas o silêncio

 

nas mãos. um livro do torga

onde a dor é palavra

dor de ler a dor

um dia. ela tem que morrer

 

 


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