.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

21/10/2023

13/10/2023

in: vulnerabilidades








“mais do que descobrir o que deixei para trás por causa das minhas vulnerabilidades. importa-me saber o que posso mudar para a frente – o futuro é sempre mais importante. é lá que um dia morreremos. e é bom manter a gaveta arrumada. nunca sabemos o dia em que apanharemos a barca para outra dimensão” – in vulnerabilidades

 


06/10/2023

procuro-me

 








às vezes pergunto-me

está tudo a correr bem?

e não sei responder

às vezes pergunto-me

o que tens para fazer?

e os dias correm

como se o mundo tivesse

coberto de trovões

depois…

chega a noite

e pergunto-me

o que deixei por fazer

e não sei responder

sei que o sol alvorou

escondeu-se

talvez atrás do que não sou

e a noite… travessa

escorre para dentro do que sou

é quando sonho com girassóis

e me faço terra

e sou o que brota de mim

um dia girassol

um dia sol

um dia só

e pela manhã

quando acordo sem saber quem sou

leio o que escrevi

com a mão girassol

e encontro o que sou

e esqueço o que não sou

e vou

vestido de amarelo-terra

às vezes para a frente

às vezes para trás

e se de dia vejo montanhas

à noite

vejo palavras

e entre o que não enxergo

e as palavras

recrio-me

e sou o que sou

por bem

ou por erro

e por nada poder fazer

porque o que não sou

não sou mesmo

e sendo apenas eu

sem nada feito

sem nada por fazer

sou girassol-luz

a fazer de mim

o que sou

a sobreviver

a envelhecer aos bocadinhos

para um dia morrer

como nasci