26/10/2023
21/10/2023
in: no meu peito já não cabem gaivotas - morte terapêutica
esta
dor cresce com o pensamento e distrai-se com o sofrimento – in: no meu peito já
não cabem gaivotas – morte terapêutica
13/10/2023
in: vulnerabilidades
“mais
do que descobrir o que deixei para trás por causa das minhas vulnerabilidades.
importa-me saber o que posso mudar para a frente – o futuro é sempre mais
importante. é lá que um dia morreremos. e é bom manter a gaveta arrumada. nunca
sabemos o dia em que apanharemos a barca para outra dimensão” – in
vulnerabilidades
06/10/2023
procuro-me
às
vezes pergunto-me
está
tudo a correr bem?
e
não sei responder
às
vezes pergunto-me
o
que tens para fazer?
e
os dias correm
como
se o mundo tivesse
coberto
de trovões
depois…
chega
a noite
e
pergunto-me
o
que deixei por fazer
e
não sei responder
sei
que o sol alvorou
escondeu-se
talvez
atrás do que não sou
e
a noite… travessa
escorre
para dentro do que sou
é
quando sonho com girassóis
e
me faço terra
e
sou o que brota de mim
um
dia girassol
um
dia sol
um
dia só
e
pela manhã
quando
acordo sem saber quem sou
leio
o que escrevi
com
a mão girassol
e
encontro o que sou
e
esqueço o que não sou
e
vou
vestido
de amarelo-terra
às
vezes para a frente
às
vezes para trás
e
se de dia vejo montanhas
à
noite
vejo
palavras
e
entre o que não enxergo
e
as palavras
recrio-me
e
sou o que sou
por
bem
ou
por erro
e
por nada poder fazer
porque
o que não sou
não
sou mesmo
e
sendo apenas eu
sem
nada feito
sem
nada por fazer
sou
girassol-luz
a
fazer de mim
o
que sou
a
sobreviver
a
envelhecer aos bocadinhos
para
um dia morrer
como
nasci