.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

08/11/2011

perfume





lucian freud




gastas o tempo a não ser. dizes: são palavras senhores – nem atena foi feliz e tu perdida no saber do que nunca foste capaz de aprender - cultura - será que sabes escrever: fui barriga prenha – és cruz para quem do meio das tuas pernas caiu – parir é dor. criar é amor e tu envolta em canetas – nas fotos que guardam o passado: um pai. faz tranças num cabelo igual ao teu – e o vento já partiu da boca aberta de éolo – aguarda. todas as folhas ao teu lado partirão – e na face os primeiros sinais de outono. pau seco. despido. na pele a memória de uma virgindade perdida – e o belo a crescer – entre as pernas. resta agora o barulho das águas que se perderam. búzio com o primeiro choro – és mulher. ainda – e mãe?

[e tudo morreu nas entranhas. ao seu lado a placenta jaz imóvel. acabou de perder a sua única vida]



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