.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

21/01/2015

sem rede



omar ortiz
 

tu para me fazeres escrever sem rede – gosto de escrever para ti. gosto de escrever para a mulher que escreve num papel que nunca alcancei. gosto de escrever para a mulher que me inventa o som de passos que nunca vi percorrer o chão – gosto de escrever para a mulher que lança o cabelo sempre para o mesmo lado. o lado imortal da fotografia – gosto de escrever para a mulher que me escreve a alma – gosto de escrever para a mulher que me empurra para as palavras e me faz acreditar que escrever é mais do que ver ou sentir. é permanecer



Sem comentários:

Enviar um comentário