quando carregamos várias vidas num só corpo. partilhá-lo
torna-se difícil – creio ser mesmo impossível. estão todos interligados. e cada
parte faz parte de um todo indivisível – o corpo está aqui. mergulhado na
escrita. no estudo. no conhecimento. no aprender. no guardar na memória. no
criar de palavras. com ou sem magia. do louco que ouve os seus próprios loucos e
o eu principal: o corpo. a escrever tudo como se fosse um tesouro – escuto o
que o corpo tem para escrever. é um duelo. 40 passos para cada lado. e tudo se
resume a um tiro certeiro – morro de alegria. as palavras são balas e as
metáforas ramos de flores que adornam a esperança – as mãos entre a vida e a
morte. esgravatam as ideias. procuram o saber de um eu obrigado a trazer pão ao
corpo todo – sem pão não há vida. e sem vida não há palavras – mas há desabafos
que são gritos para sinalizar a vida
.................................................................................não tirem o vento às gaivotas
13/11/2012
o duelo dos meus eus
josé maría velasco
03/11/2012
a falar com
josé malhoa
os
elogios são sempre
terríveis para quem gosta de escrever – primeiro. tocam campainhas de
satisfação. depois. quando o corpo retoma a forma do artesão. permanece um
ruído. que mais não é do que um zumbido gravado nas mãos para sempre – o medo
de errar torna-se cada vez mais uma dor. e o trabalho. uma canseira
insuportável – o conceito do que é certo e belo está sempre preso ao momento – e
eu estou agora no momento do zumbido
01/11/2012
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