.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

31/03/2014

intransitivo





olivier de sagazan
 




que raio de sábado. se pudesse construir de novo o corpo -  faz favor. é para mudar o óleo e as velas. a frio já não pega bem - ó amigo. já agora lave por dentro e por fora. principalmente por dentro. está um esterco - visto um jeans claros. camisa preta. desabotoada. a ver-se o coração e lá ia eu para mais uma jornada. limpinho de tudo - que raio de sábado. os olhos amarrotados de escuro procuram a palavra salvação - vai com deus meu filho. eu te abençoo - a salvação está na ponta de uma flecha. a cortar o tempo. enquanto diz: goodbye my friend. my love - e a pintura gasta. metalizada. a reluzir ao luar e o cano de escape a fumegar amor num areal onde as ondas morrem com saudade – já não há beijos sôfregos a prometer felicidade eterna - morre sábado. atira-te do meu penhasco. tenho tantos. todos altos. escolhe um e salta. voa como voam as gaivotas – livres




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