.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

22/09/2014

estado totémico




eliana bonini
 



nunca sei de onde me chega esta coragem de vos dizer como sou – louquice – retalho-me pelo que sinto – se soubesse não era louco. não me retalhava. não me temia – louco pode ser um qualquer. ou não – por uma coisa pessoal. ou não – com coisa do demónio. ou não – ou simplesmente um raio de uma porta emperrada. ou não – ou então. talvez o mais certo. é esta loucura acontecer numa luta contra o destino – uma questão de sobrevivência. coisa da alma – mas o cérebro sabe que a morte é inevitável – é necessário ser louco quanto antes – a morte só é silêncio para quem parte – quando partimos levamos tudo – este tudo para mim que gosto de me dar são as palavras que ficam por dizer – a morte só não cala a escrita




Sem comentários:

Enviar um comentário