.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

02/05/2016

para uma ana




foto - sampaio rego
 
 
 
que bom ana que vieste até aqui. que saudades de te ter perto das palavras – estou feliz. mesmo feliz. a felicidade não se escreve. digo eu que quando fico feliz desapareço do corpo e as mãos ficam á deriva – as palavras. estas que me fazem escrever compulsivamente partem também. livram-se deste maluco que tem a mania de escrever testamentos – que tu conheces – hoje. como estou feliz por me estenderes a mão às palavras vou-te abraçar. abraçar com força e segredar-te o que já todo o mundo sabe: é bom saber que eu existo para ti – dizem que isso é amizade. que palermice. que simplicidade. que insensibilidade. é mais. muito mais. para mim é sobreviver. é saber que ocupo espaço no espaço de alguém que gosta de mim assim. doido por apenas saber dizer as coisas a escrever – desculpa ana. tens razão. já tive tempo para te dizer que também é bom estares na minha vida. tu e o filipe – agora vou embora. nem sei muito bem como acabar este comentário. talvez como quando escrevi o primeiro comentário para ti. quando as noites eram grandes e tu ainda andavas sem relógio



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