o natal
sempre me envolve em sentimentos doces. suaves e nostálgicos. há nele algo
adormecido em mim – contra este “cocktail” de sensações nada posso fazer. e
mesmo que pudesse. também não o faria. gosto desta overdose de bem-estar. deste
encanto hipnótico que o natal transporta em mim desde criança – é a minha
festa. a festa da minha família. e na noite da consoada partilhamos não apenas
o bacalhau. mas também amor. compaixão. e generosidade – celebramos a
existência de uma linhagem. o calor dos amigos. e todos aqueles que. por um
motivo. ou outro. cruzaram as nossas vidas – mais do que tudo. celebramos
principalmente o modo como gostamos uns dos outros. como lhes dizemos o quão
são importantes nesta nossa passagem terrena – é entre gorros vermelhos e bolas
coloridas que compreendemos. mais facilmente. que pertencemos uns aos outros.
independentemente dos laços sanguíneos que nos unem e nos trouxeram até aqui –
neste dia de união familiar. recuperamos um dos maiores milagres de jesus. a
ressurreição – reencontramos o meu pai. a minha mãe. a zeza. o meu sogro. o tio
joão. todos retomam os seus lugares à mesa. vieram consoar connosco. confortar
a saudade que nos deixaram – o natal sem eles não seria o natal das boas
tradições; eles são parte de nós. e nós somos parte deles também – e agora. que
soem as doze badaladas. e que o espírito generoso do pai natal toque os meus
netos. toque em todas as crianças deste nosso mundo maravilhoso – o verdadeiro
natal é aquele onde reside a inocência – feliz natal para todos!
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