.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

19/12/2023

abençoados




 


olho-te

em câmara lenta

e o amor à velocidade da tua luz

e aqui

quase no fim do mundo

entre o oito e o oitenta

entre o rio e a distância

entre o coração e a multidão

o belo

 

mas amor

permite-me este instante

teu… e meu

deixa-me proclamar

ao universo

que hoje é um bom dia

para morrer dentro de ti

 

que seja então agora

entre o teu sorriso e o meu destino

entre os teus olhos e os meus lábios

entre a tua luz e os meus anéis

que os teus braços me entrelacem

e me levem para o cimo das nuvens

ou de um arranha-céus

e quando o coração parar

que na saudade medrem asas

 

pairar sobre ti

é outra forma de te ter

 

 

foi em québec que tive o impulso de escrever este poema – o castelo frontenac pendurado nas margens do rio saint laurent. a luz. as sombras. a história. a amizade dos nossos amigos. nawel e michel. mas principalmente. sentir os olhos da maria joão acesos de paz. como já há muito tempo não sentia – foi uma viagem de sonho que guardamos e agradecemos para sempre – em québec também fomos abençoados



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