.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

13/11/2012

suportação




josé maría velasco




quando temos várias vidas dentro de um único corpo não é fácil dividir [às vezes impossível] as urgências de cada eu – “o corpo aqui”. no meio da escrita. do estudo. do conhecimento. do aprender. do guardar da memória. do fazer acontecer palavras sem magia. do louco que ouve os loucos a falar e o eu a escrever tudo como se tudo fosse um tesouro – escuto com tudo o que o corpo tem para escrever. duelo. 40 passos e tudo se resume a um tiro certeiro – morro de alegria. as palavras são balas e as metáforas ramos de flores que adornam a esperança – “as mãos entre a vida e a morte”. esgravatam as ideias. procuram o saber de um eu que tem por obrigação fazer pão – sem pão não há vida e sem vida não há palavras – há desabafos que são gritos de raiva



2 comentários:

  1. Muito bom!

    "procuram o saber de um eu que tem por obrigação fazer pão – sem pão não há vida e sem vida não há palavras – há desabafos que são gritos de raiva"

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  2. obrigado pela leitura e comentário

    bom fim-de-semana

    sr

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