.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

31/05/2011

o homem que mordeu a mão que queria ser cruel






«Sabiamente, Henry James aconselhava os escritores a não escolher um louco para personagem principal de uma narração, pois não sendo o louco moralmente responsável, não haveria verdadeira história para contar.»
Gore Vidal
in Delírio, Laura Restrepo








mas tu estás louco? não. nunca saberia compor uma loucura com palavras. se fosse música - a loucura de um homem depende sempre da companhia que nos escuta – na maior parte das vezes estou só. penso só. falo só. e ouço o que digo ao ego em silêncio  - por isso digo: não estou louco. estou é cruel com o que não gosto e muitas vezes não gosto do que penso por me parecer um pouco louco – outras vezes não gosto da companhia. é nestas alturas que fico quase louco – seria trágico trazer-vos para  a companhia de alguém como eu: cruel



2 comentários:

  1. Aqui, consigo serenar a minha crueza. Quase consigo perdê-la de vista, por detrás da opacidade da minha solitária lucidez.

    Beijo

    Luz

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  2. obrigado luz - um desabafo da noite - nessa noite as injustiças ganharam rosto e a mão queria ser cruel - mordi-a

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