.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

19/01/2012

vasco graça moura







nó cego, o regresso



(...)
 

XVII

como meter o mundo
num poema? traduzir-lhe
a áspera realidade, a doçura
intranquila?


como meter o trabalho
dos homens, os seus dias,
nessas escassas linhas,
seus ócios, seus espelhos,


seus desvarios, suas
catástrofes de amor?
como meter a morte
nas palavras?


só que uma coisa bela
é para sempre uma alegria inquieta.

(...)


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