não há
fado que faça nestes homens grandes e loiros o vento sul a chamar um abraço –
esta gente veio do frio. dos dias sem sol. das noites sem luz e nada sabe sobre
a palavra saudade – somos nós. com as nossas bocas plantadas numa praia
lusitana. o mar é a nossa porta de entrada para quem vier por bem – somos
assim. somos abraço. gesto. carinho. somos défice e dor. somos. quase sempre. assim assim. mas
também somos fado cantado por um luís que. sem um olho. via para além de
taprobana – somos gente de um país pequeno. mas caminhamos generosos. em bicos
de pés. como bailarinas. dançamos e encantamos os dias com o rodar dos corpos.
e dizemos: somos nação valente e imortal – vamos recuperar o orgulho lusitano.
somos gente boa e corajosa – hoje. sou imensamente português
09 de maio de 2012 – munique
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