joão josé bica
deitado no tempo
pouso os olhos
numa janela acesa de um mar azul gaivota
distante
os olhos presos
a uma braçada de tempo
e a mesa fendida sustém a maça
memória
da terra pisada
o grito vermelho do inferno
amarra-me às raízes de um pardal que não canta
desamável
o silêncio da maça
dentro de um mar que nunca deixou de ser azul
do caixilho
o encontro da luz que sai com a luz que entra
eu
descobrindo o belo e o adeus
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