.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

25/04/2014

a centrifugação da existência



lynch-Smith

quando não compreendo algo. seja o que me magoa ou ainda altera substancialmente o meu equilíbrio emocional. e as dúvidas passam a ocupar todo o meu espaço corporal. fico preocupado – não estou habituado a que o erro acabe por consumir todo o meu lado bom – recorro então à imaginação e forço o corpo a acreditar que a vida está a seguir o seu percurso normal da seleção das espécies – o planeta terra não para de centrifugar. voltas e mais voltas. sempre à mesma velocidade. geram a primavera e o outono – quem diria – incrivelmente tudo nasce e morre neste ciclo. e o planeta. sempre a sorrir. carregado com o saber de milhões e milhões de anos de perdas – foi assim que chegamos ao homem dos nossos dias – imagino então a terra como uma máquina de lavar roupa. a trouxa suja para dentro do tambor. e o programa a fazer a lavagem a altas temperaturas com os glutões do presto a comerem tudo o que é nódoa – só não me vejo a torcer

 

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