quando
não compreendo algo. seja o que me magoa ou ainda altera substancialmente o meu
equilíbrio emocional. e as dúvidas passam a ocupar todo o meu espaço corporal.
fico preocupado – não estou habituado a que o erro acabe por consumir todo o
meu lado bom – recorro então à imaginação e forço o corpo a acreditar que a vida
está a seguir o seu percurso normal da seleção das espécies – o planeta terra
não para de centrifugar. voltas e mais voltas. sempre à mesma velocidade. geram
a primavera e o outono – quem diria – incrivelmente tudo nasce e morre neste
ciclo. e o planeta. sempre a sorrir. carregado com o saber de milhões e milhões
de anos de perdas – foi assim que chegamos ao homem dos nossos dias – imagino
então a terra como uma máquina de lavar roupa. a trouxa suja para dentro do
tambor. e o programa a fazer a lavagem a altas temperaturas com os glutões do
presto a comerem tudo o que é nódoa – só não me vejo a torcer
Sem comentários:
Enviar um comentário