noite-escuro
doze
badaladas abrem o silêncio
noite-silêncio
a
voz do meu pai sussurra na ausência
noite-dor
a
metamorfose rasga a pele
noite-doce
a
criança ressurge no homem adormecido
noite-esperança
a
fantasia respira outra vez
noite-real
a
manhã saqueia as estrelas
dia-luz
a
normalidade veste-se de sombra
anormal
não
sei
sei
notícia
de última hora:
o
desemprego aprendeu a cair