.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

27/09/2010

torre do tombo









não consigo ver o teu branco por mais que o tente imaginar. nem o meu! – um que tinha nas palavras que te oferecia para seres meu amigo. mesmo aqueles malmequeres de pétalas brancas. que tantas vezes comprei para embelezar os sírios que acendia para alumiar a memória dos que sempre me quiseram bem. perderam a cor. as pétalas caíram para nunca mais formarem uma flor – bem tento deitar-te a mão sempre que escreves – ainda sou daqueles que acredito que a cor dos cabelos não coincide com os teus olhos. mas das tuas mãos esperava muito mais – mesmo que fosses um cometa. daqueles que apenas passam nas noites de luar a largar vapor a alta velocidade – podias sempre dizer: que chatice! afinal. este sou eu. assim com esta mistura de tons que muitas vezes não são cor nenhuma. são tonalidades mate. sem brilho. sem luz . sem racionalidade – mas há dias que sou tanta coisa. melhor. sou tudo. sou as palavras justas. aquelas que se vestem de arte para partilhar o tempo que todos os dias consumo – cada vez temos menos tempo para ser aquilo que queríamos ser – fiquemos com aquele que já alcançamos.






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