.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

05/07/2010

matem-no por favor









deixo-vos aqui um punhal

trago-vos o corpo mais tarde

já o matei muitas vezes

mas teima em respirar

para não haver engano

o poema estará sem olhos

nos ouvidos dois círios

na boca o silêncio

nas mãos um livro do Miguel Torga

esta dor de ler a dor

um dia tem que morrer



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