.................................................................................não tirem o vento às gaivotas

05/07/2010

para lá do meu tempo









dentro do tempo -me- escondo
(ao longe as gaivotas anunciam um cardume)

aqui tudo sou
sinto os verbos
no gerúndio
fazem-me escrever
escrevendo

na brisa que um dia colhi
ouço os búzios ainda no mar
são harpas
lendo
uma vida que ainda não colho

meu tempo
não está ao tempo das marés
o silêncio
é o voo das penas
a leitura
é o voo das palavras



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